Cabeamento estruturado

Como um dos grandes players globais da indústria de Telecomunicações e TI, a Furukawa busca pela opticalização dos sistemas no Brasil e demais países onde atua, antecipando tendências naturais de evolução tecnológica. Mas o fabricante sabe que na América Latina, Espanha e parte da África, onde a Furukawa  atua, as PMEs e os ambientes residenciais ainda demandarão redes estruturadas de cobre, as chamadas redes metálicas, até pelo menos o ano de 2020. Aqui no mercado brasileiro essa demanda existente vem resultando na oferta crescente dos cabos LAN CAT.5e, gerando expectativa e forçando a busca por menores preços pelos clientes usuários.

De acordo com Renato Flávio Cruz, da Gerência Técnica de Cabos da Furukawa, um cabo de baixo custo presente no mercado brasileiro é o cabo LAN CAT.5e com condutor tipo CCA (Copper Clad Aluminum), que une dois tipos de metal: o cobre e o alumínio, um revestindo o outro e formando uma solda permanente entre eles, conhecida como condutor bimetálico.

“Esses cabos que contém condutores do tipo CCA não atendem aos requisitos especificados nos padrões nacionais e internacionais e nenhuma garantia de que a instalação manterá o desempenho ao longo do tempo por fragilidades mecânicas e elétricas”, alerta ele.

Segundo a Furukawa, o cliente usuário terá uma série de problemas de performance e até mesmo de não operacionalidade da rede ao adquirir um cabo LAN de baixo custo – importado ou produzido nacionalmente -, com características inferiores às especificadas nas normativas ANSI/TIA 568-C.2 e ANSI/ICEA S-90-661 para cabos de Categoria 5e ou pelas normas IEC 61156 e EM 50288, que seguem os mesmos princípios e definições quanto ao uso de condutores de cobre puro, conforme os requisitos da norma ASTM B49.

Entre os problemas mais graves, conforme os parâmetros de testes definidos pela ABNT e as normativas internacionais, os cabos que utilizam o condutor CCA apresentam falhas nos testes mais básicos e críticos para o bom funcionamento da rede. Além de falhas de conexão durante a instalação e operação, devido à baixa resistência mecânica desse tipo de condutor em relação à flexão e dobramento, e também ao elevado risco de corrosão do alumínio revestido pela fina camada de cobre, que deixa a estrutura do condutor frágil e quebradiça. “Esta última condição torna-se ainda mais crítica nos pontos de conectorização e com presença de salinidade, a exemplo das regiões litorâneas”, obser va o gerente técnico da Furukawa.

O problema nas residências e pequenos comércios – O crescimento do uso do Cabo LAN CAT. 5e em residências e pequenos comércios oculta, na maioria das vezes, os problemas existentes com o tipo de cabeamento utilizado, pois não há frequências na certificação de rede nessa área. Em muitos casos, o cliente utiliza recursos de verificação da velocidade da rede em sites especializados e, com esta informação, registra uma reclamação na sua operadora local.

Renato Flávio Cruz explica que, na análise da rede por técnico especialista, é possível identificar a existência de problemas de transmissão associados ao cabeamento. Normalmente são apontados problemas como resistência de loop elevada, paradiafonia (NEXT, ELFEXT), atenuação e perda de retorno (RL). Algumas dessas características são mais significativas que outras, em função da distância e da aplicação, porém, ao longo do tempo tendem a deteriorar a qualidade de transmissão até a perda total de conectividade. Todos esses problemas passam a ser corrigidos com a troca do cabeamento por cabos com condutores de cobre puro, conforme especificado pela norma ANSI/TIA 568-C.2.

Segundo o especialista, mesmo que possa parecer tendencioso,  a Furukawa é um fabricante do Setor e tem a obrigação de deixar claro que “não existe um cabo LAN com condutor CCA que seja razoavelmente bom, pois trata-se de um produto com características construtivas distintas ao propósito original e sem condições de atender satisfatoriamente aos requisitos mínimos de performance desejada”.  Isso significa que aqueles que colocam no mercado um produto sem garantias de certificação, mandatoriamente estão quebrando todas as regras de performance e segurança.

“É importante alertar a todo o mercado que um cabo LAN CCA sem certificação NÃO possui garantia de performance para a aplicação proposta, NÃO atende performance elétrica, NÃO atende critérios de segurança de flamabilidade, NÃO atende critérios de segurança de instalação elétrica (NBR 5410 Instalações Elétricas) e NÃO dá garantia de tempo de vida útil da rede”, conclui Renato Flávio Cruz.

TESTE:  Saiba identificar um Cabo CCA

Primeira coisa que se deve fazer para a escolha de um Cabo LAN CAT.5e é verificar se ele contém as informações técnicas devidas, bem como as certificações obrigatórias pela regulamentação brasileira da ANATEL. Sempre exija essa certificação.

Faça o teste. É fácil e simples. No momento da compra você verá se o produto tem materiais misturados ou não.

Desencape um pequeno pedaço de cabo e raspe o condutor com uma lâmina ou faca. Se na parte raspada permanecer a coloração de cobre avermelhada, o condutor usa cobre puro. Porém, se a coloração na parte raspada ficar na tonalidade prateada, isso indica o condutor bimetálico CCA.

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